Nessa caminhada a frente de um terreiro de Umbanda aprendi muito. E, todo dia, aprendo mais. Desde o início, aprendi que não devo buscar influenciar de maneira alguma sobre as decisões de pessoas que entram ou saem da Casa. Não busco evangelizar ninguém a entrar para a Umbanda e muito menos para a nossa Casa. Não encorajo isso. Ao mesmo tempo, não busco convencer ninguém a ficar quando este decide sair. Não é porque não me importo com quem entra ou sai. Não é porque não faz diferença. Não é porque é uma alegria quando vejo alguém com brilho nos olhos ao participar de sua primeira gira e não é porque não dói quando vejo alguém sair pela porta (às vezes, nem me dá oportunidade de ver sair…) Isso é porque entendo que minha função é respeitar o ser. Respeitar sua individualidade. Se entende que deve adentrar, isso deve ser construído dentro da sua individualidade e dentro de seu coração. Sendo assim, será verdade dentro da pessoa. Já quando escolhe sair, também entendo que são escolhas individuais e, por amor e respeito a ela e a seu livre arbítrio, devo garantir que o caminho que ela considera melhor, seja tomado. Até mesmo porque, num processo desse, já não existe mais vontade alguma de ali permanecer, portanto não vale mais de nada. Sempre um pedaço de nós, vai também. Mas como a casa de um bom pai, a porta sempre estará aberta para quem assim desejar. No fundo, a busca é sempre de respeitar o ser humano, suas escolhas e fortalecer com que este faça aquilo que seu coração pede. E busco sempre, que esse meio do caminho, eu possa ter em qualquer momento transmitido algo de bom! Se eu consegui, um pouco que seja, me sinto feliz!
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