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E a discussão sobre os cursos?

Saravá, irmãos!

É muito comum ver pela Internet a fora e nas rodas de discussões dirigentes e pessoas a favor e contra os cursos relacionados à Umbanda.

Diante disto, resolvi colocar um pouco sobre esta questão e o que penso sobre.

 

TIPOS DE CURSOS

Primeiramente, acho que deveríamos separar os cursos em questão de tipo. Há os cursos de informação e há os cursos de práticas.

Dentro desta primeira divisão, penso que os cursos de informação são salutares para todos, pois podem desmitificar uma grande quantidade de informações deturpadas e mitos. Já nos cursos de práticas, tenho lá minhas restrições. Por que? Oras, entendo eu que as práticas devem se remeter ao espiritual do médium e da casa onde ele ele se encontra. Portanto, encher o médium, principalmente os mais novos, de práticas podem não ser condizente com o local que ele escolheu para desenvolver e, mais ainda, não ser relacionado em nada a prática de suas entidades! Isso seria altamente prejudicial, não acha?

QUALIDADE DE CURSOS

Há pessoas e conteúdos bem legais em cursos por aí, mas também há uma boa quantidade de cursos que mais confundem do que ajudam. Neste aspecto, selecionar bons cursos e pessoas de boa fé para seguir é importante. Na minha opinião, fuja daqueles que pregam uma verdade única!

Também se atente se o formato do curso qual você está pretendendo realizar não é apenas uma "fábrica de dinheiro", onde você não terá o mínimo de atenção e as informações só estão lá dispostas para você consumir.

CURSOS x VIVÊNCIA NO TERREIRO

Neste ramo, a discussão é franca. Cada um defende com unhas e dentes seus pontos de vista. Analiso da seguinte forma:

  1. Hoje, o trabalho espiritual requer conhecimento proveniente de alguma fonte e nem sempre o terreiro promove tal condição e depois quando um adepto busca fora, fica-se bravo! Com cada vez mais consciência nas incorporações, um conhecimento prévio para um mínimo aceitável de compreensão deve ser considerado. Isto retira muitas travas mentais. A informação é uma chave importante para isso.

  2. Apesar de muitos dirigentes ficarem chateados com a oferta de cursos a seus filhos, nos dias atuais, é inevitável. Irá acontecer! De uma forma ou outra, a informação chegará! Seja via publicidade ou via "alguém disse que é bom". Ao invés de lutar contra ou esperar que os responsáveis dos cursos se rendam a cada terreiro em particular, que se possa inverter este caminho. Para mim, o adepto deve procurar seu dirigente! Informar de seu interesse em fazer o curso X ou Y e colocar de quem é a responsabilidade pelas informações ali tratadas. No meu caso, não exijo a solicitação de permissão, mas se for o seu caso, o faça! Discuta com ele sobre as informações lá tratadas e como elas se encaixam no seu terreiro. Pode ser algo muito bom para todos os lados!

  3. Há aqui também muitos adeptos que saem iguais touros enlouquecidos quando veem porteira aberta atrás de cursos e mais cursos buscando com isso adiantar seu processo de desenvolvimento mediúnico! Não! Não funciona assim! A maturidade mediúnica vem com o tempo, vivência, servidão e aprendizado. Se este é o seu caso, sossegue sua ansiedade! Você só atrapalhará seu crescimento! Tenha certeza, que quem dirige o terreiro onde você está saberá o melhor momento para abrir cada porta para você! (observação: se você não acha isso, o que você tá fazendo neste terreiro?

  4. Vale lembrar que um curso não forma um sacerdote, um pai de santo, um dirigente. Ele pode ajudar a construir bases sólidas. Assim como bons médiuns. Pode contribuir, mas não faz de você bom médium apenas realizando cursos.

É CERTO COBRAR POR UM CURSO?

Bem, sobre isso tenho meu entendimento pessoal.

̶S̶e̶ ̶o̶ ̶c̶u̶r̶s̶o̶ ̶t̶e̶m̶ ̶r̶e̶l̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶c̶o̶m̶ ̶a̶ ̶e̶s̶p̶i̶r̶i̶t̶u̶a̶l̶i̶d̶a̶d̶e̶,̶ ̶s̶ã̶o̶ ̶f̶u̶n̶d̶a̶m̶e̶n̶t̶o̶s̶ ̶t̶r̶a̶z̶i̶d̶o̶s̶ ̶p̶o̶r̶ ̶e̶l̶a̶ ̶e̶,̶ ̶p̶o̶r̶ ̶e̶l̶e̶s̶,̶ ̶v̶o̶c̶ê̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶p̶a̶g̶o̶u̶ ̶n̶a̶d̶a̶ Seja uma destas condições, verdadeira: são fundamentos trazidos por algum guia, tem informações sobre a religião ou espiritualidade ou o que você vai ensinar você não pagou nada para aprender, são um passo para não se cobrar.

Além do mais, se é feito em um local já mantido por adeptos da própria religião, mais uma razão que reforça a não cobrança.

Nestes casos, penso, que se há algum gasto não programado e não possível de ser absorvido, que se trabalhe em contribuição voluntária e não algo taxado e obrigatório.

Pode ser que se transforme de auxiliar o terreiro em seu trabalho solidário ou caritativo, o que também me levaria a pensar que poderia ser uma doação voluntária e não fixa.

Se há custos envolvidos neste processo, por exemplo, viagem de quem ministra este curso, penso que o ideal seria somar os custos e dividir igualmente. Não como mensalidade, mas como divisão de custos!

Agora, pessoas e cursos que são feitos feitos sobre a espiritualidade com a ideia de monetizar, isto é, gerar renda, me desculpem caros amigos, respeito mas não posso concordar.

Aí você pode pensar, mas e o tempo e o conhecimento da pessoa que está ministrando, não deveria ser pago?

Entendo eu, que aqui está mais uma atividade inerente ao conhecimento e a informação trazida pela espiritualidade, portanto deveria entrar no hall de ações caritativas, solidárias ou sociais de um terreiro (como queira classificar).

Meus caros, estou aberto a comentários e discussões sobre o assunto se assim quiserem. Pontos de vista são sempre bem-vindos e respeitados!

Grande abraço fraterno a cada um de vocês!

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