Com muita freqüencia encontro com alguns religiosos falando sobre trabalhos solidários em nada tem a ver com o trabalho espiritual desenvolvido nos terreiros.
Há uma certa verdade nisso.
Não é por conta do trabalho espiritual que devemos praticar a solidariedade.
Mas, espera-se que o ser espiritualizado consiga compreender os aspectos da soliedariedade e executá-la de maneira a praticar o amor, a troca de boas energias e a servidão.
Os espíritos crísticos que passaram por nosso planeta, independente da vertente, sempre pregaram o amor incondicional aos irmãos encarnados. Uma das formas de prática para este amor é poder auxiliar sem olhar a quem. Considere portanto, trabalhos solidários que envolvem contato e doação de tempo.
Já na base de troca energética, fato que quando nos dispomos a prestar a solidariedade realmente vivendo o acontecimento, estaremos doando boas energias. Estaremos, então, jogando ao universo energias de amor e recebendo, também, estas energias. Mas, acredite, as energias recebidas são sempre maiores do que aquelas que doamos. Prestar a solidariedade nos faz receber muito mais que doamos.
Os grandes mestres encarnados do planeta serviram. Serviram seu povo, doaram suas vidas com dedicação para as necessidades do outro. Servir é uma das formas que a espiritualidade nos ensina para caridade e também para a prática da humildade, chaves primordiais para a evolução.
Portanto, realmente não se pode atrelar a espiritualidade à solidariedade. Deve-se ser solidário independente da espiritualidade. Não se pode ser solidário por medo de Deus, por obrigação ou por somar pontos para uma futura necessidade de cobrá-los perante sua caminhada evolutiva.
Neste caso, ser espiritualizado auxilia em muito este processo. Você passa a compreender a dimensão destes valores e então torna-se impossível ser espiritual e não ser solidário. Pelo bem ao outro.
Se não a pratica, convidamos a conhecer projetos e instituições sérias que realizam este trabalho.
Texto: Juan Fonseca